Mães atípicas: Quando o cuidado com o outro apaga o cuidado consigo mesma
Ser mãe já é um papel que exige dedicação e entrega, mas para mães atípicas, essa entrega frequentemente ultrapassa limites. Entre consultas médicas, terapias, reuniões escolares, organização da rotina e lidar com crises, é comum que algo essencial seja deixado de lado: o cuidado consigo mesma.
O desafio do autocuidado para mães atípicas
Frases como “não tenho tempo para mim” ou “preciso ser forte o tempo todo” são recorrentes. No entanto, a verdade é que ninguém consegue sustentar uma rotina intensa de cuidados sem olhar para suas próprias necessidades.
O corpo e a mente começam a sinalizar o cansaço, a exaustão, as dores físicas e o adoecimento emocional aparecem silenciosamente. Ignorar esses sinais é perigoso, pois afeta não apenas a mãe, mas também a qualidade do cuidado oferecido ao filho.
Além disso, existe um peso emocional que muitas vezes não é reconhecido: a culpa por desejar descanso, o medo de falhar e a solidão de quem carrega responsabilidades imensas. Esses sentimentos precisam ser validados, acolhidos e compreendidos, tanto pelas próprias mães quanto pelos profissionais que as acompanham.
Autocuidado não é egoísmo
Muitas mães atípicas acreditam que parar para si mesmas é egoísmo, mas não é. Cuidar de si é, na verdade, uma forma de cuidar melhor do outro.
Uma mãe descansada, que encontra pequenos momentos de respiro, consegue estar mais presente e integral no cuidado diário. O autocuidado não precisa ser grandioso, ele pode começar em gestos simples:
– Tomar um café com calma;
– Dar uma volta no quarteirão;
– Ouvir uma música favorita;
– Respirar fundo alguns minutos.
Essas pequenas pausas lembram: “eu também importo”. Elas ajudam a preservar a saúde mental, o equilíbrio emocional e a reconexão com a própria identidade, que muitas vezes se perde no meio das demandas diárias.
O papel dos profissionais: acolher também é um ato terapêutico
Para que o acolhimento seja realmente transformador, é essencial que os próprios terapeutas e profissionais que atuam com mães atípicas também se capacitem e se sensibilizem emocionalmente.
Compreender as sobrecargas, reconhecer os sentimentos de exaustão e oferecer um espaço seguro de escuta empática faz toda a diferença.
Um profissional preparado emocionalmente não apenas orienta, ele acolhe, legitima e fortalece. Por isso, investir em formação e treinamento constante é fundamental para que o cuidado com essas mães vá além do técnico, chegando ao humano.
Projeto Entre Vozes: Apoio e Acolhimento
No projeto Entre Vozes, acreditamos que cuidar de si não é luxo, é sobrevivência. Toda mãe atípica merece encontrar um espaço de acolhimento, escuta e fortalecimento, lembrando que sua vida tem valor próprio, além do papel de mãe.
O apoio certo faz a diferença, promovendo equilíbrio emocional, saúde mental e qualidade de vida para mães e filhos.
Se você é mãe atípica ou acompanha mães nessa jornada, conheça o Núcleo Yellow e o projeto Entre Vozes.
Encontre acolhimento, apoio e estratégias para equilibrar o cuidado de si e dos outros, porque nenhuma mãe deve caminhar sozinha. 💛